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O império da visão : fotografia no contexto colonial português (1860-1960) / org. Filipa Lowndes Vicente ; introd. James R. Ryan

Secondary Author Vicente, Filipa Lowndes, 1972-
Ryan, James R.
Publication Lisboa : Edições 70, imp. 2021 Description 503 p. : fotograf. p&b ; 28 cm Series Extra-Coleção ISBN 9789724418117 Abstract Ao longo da segunda metade do século XIX, a fotografia surgiu como um instrumento central na definição de identidades nacionais, coloniais e individuais, e como nova forma de conhecimento e de comunicação. Entre os anos 1850 e os anos 1950, a fotografia foi mesmo o principal modo de tornar o mundo visível. Esta hegemonia da fotografia foi contemporânea da hegemonia do colonialismo da época, coincidência temporal que se reflectiu na estreita relação entre colonialismo e fotografia: nos modos como contribui para uma cultura colonial, por um lado, e, por outro, na forma como se tornou um dos objectos históricos daqueles espaços e lugares onde os vestígios materiais, visuais e escritos da experiência colonial portuguesa acabaram as suas viagens – os arquivos privados e públicos dos países que, no passado, foram metrópoles ou colónias. Hoje, os estudos sobre imperialismo reconhecem como, a par da documentação escrita, as imagens são determinantes para se compreender e estudar os impérios. Nos diferentes cruzamentos entre cultura visual e império, a fotografia ocupou um lugar central: como instrumento inseparável dos vários saberes científicos que usavam as colónias como laboratório; ao serviço da propaganda política do poder colonial; ou nos modos como foi apropriada pelos sujeitos colonizados, enquanto forma de resistência ou mesmo no forjar de identidades protonacionalistas; nos seus usos pessoais e íntimos. As potencialidades de reprodução das tecnologias fotográficas multiplicaram os seus usos e circulação. Em exposições coloniais, folhetos e postais, a ilustrar jornais, livros médicos, militares ou antropológicos. Com a participação de vários investigadores de diversas áreas e interesses, este livro constitui um contributo pioneiro e enriquecedor para o estudo da fotografia em contexto colonial Topical name Fotografia - História - Portugal - 1860-1960
Fotografia - Temática - Colónias - 1860-1960
Geographical name Portugal Ultramarino - História - 1860-1960 CDU 77(469)"1860/1960"
94(469)"1860-1960"
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Item type Current location Call number Status Date due Barcode Item holds
Book Biblioteca IADE-UE
77.03 VIC Available IA15209
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Livro originalmente publicado em 2014

Este livro resulta de uma investigação realizada no âmbito do projecto Conhecimento e Visão: Fotografia no Arquivo e no Museu Colonial Português (1850-1950), financiado por Fundos Nacionais através da Fundação para a Ciência e Tecnologia, projecto PTDC/HIS/112198/2009

Ao longo da segunda metade do século XIX, a fotografia surgiu como um instrumento central na definição de identidades nacionais, coloniais e individuais, e como nova forma de conhecimento e de comunicação. Entre os anos 1850 e os anos 1950, a fotografia foi mesmo o principal modo de tornar o mundo visível. Esta hegemonia da fotografia foi contemporânea da hegemonia do colonialismo da época, coincidência temporal que se reflectiu na estreita relação entre colonialismo e fotografia: nos modos como contribui para uma cultura colonial, por um lado, e, por outro, na forma como se tornou um dos objectos históricos daqueles espaços e lugares onde os vestígios materiais, visuais e escritos da experiência colonial portuguesa acabaram as suas viagens – os arquivos privados e públicos dos países que, no passado, foram metrópoles ou colónias.
Hoje, os estudos sobre imperialismo reconhecem como, a par da documentação escrita, as imagens são determinantes para se compreender e estudar os impérios. Nos diferentes cruzamentos entre cultura visual e império, a fotografia ocupou um lugar central: como instrumento inseparável dos vários saberes científicos que usavam as colónias como laboratório; ao serviço da propaganda política do poder colonial; ou nos modos como foi apropriada pelos sujeitos colonizados, enquanto forma de resistência ou mesmo no forjar de identidades protonacionalistas; nos seus usos pessoais e íntimos. As potencialidades de reprodução das tecnologias fotográficas multiplicaram os seus usos e circulação. Em exposições coloniais, folhetos e postais, a ilustrar jornais, livros médicos, militares ou antropológicos.
Com a participação de vários investigadores de diversas áreas e interesses, este livro constitui um contributo pioneiro e enriquecedor para o estudo da fotografia em contexto colonial

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